A depressão infantil é uma realidade, infelizmente, e está acontecendo agora. Engana-se quem pensa que Depressão é somente sinônimo de tristeza e algo que só acontece com gente grande! Ao contrário do que muitos pais pensam, criança também sofre de Depressão.
Reconhecer esse diagnóstico nos pequenos é mais difícil, pois na maioria das vezes é confundido por malcriação, birra, pirraça ou tristeza.
Crianças, que frequentemente choram e carregam angústias excessivas, que não apresentam momentos de alegria, sorrisos, prazer, leveza e demonstram sempre profunda tristeza, possivelmente estão sendo assombradas pela Depressão Infantil.
Eu sei que só de cogitar esta ideia para nossos filhos, o desespero já bate. A imagem que pintamos para a infância é colorida, divertida e feliz, então como lidar com uma situação na qual a realidade é o contrário disso: cinza, angustiante e triste?
Neste artigo, eu reuni informações extremamente importantes para te auxiliar nesta caminhada. Uma coisa que é indispensável e vale ressaltar: nós mamães temos influência direta na vida dos nossos filhos!
Então, continue por aqui que eu vou compartilhar com você tudo o que eu aprendi sobre este tema, tenho certeza que vai te ajudar!!
Depressão Infantil ou tristeza?
Enquanto a tristeza é um sentimento comum, passageiro e importante para a criança compreender suas emoções, a depressão é um transtorno sério, persistente e prejudica consideravelmente o desenvolvimento infantil.
A Depressão infantil (DI) é uma disfunção de humor, que vai além da tristeza; ela está associada a fatores biológicos, psicológicos e sociais. Calma que eu vou explicar de forma simples o que isso quer dizer e como cada um desses fatores se desdobram na vida dos nossos pequenos.
Fatores biológicos
Através dos fatores biológicos, este transtorno é visto a partir de uma disfunção nos neurotransmissores, como a serotonina (neurotransmissor que está relacionado a sensação de alegria), por exemplo.
Simplificando um pouco mais: isso acontece por causa da herança genética ou por falhas cerebrais.
Fatores psicológicos
Estes fatores são essenciais para compreender a depressão em crianças, uma vez que ela pode comprometer a autoestima, a confiança e o humor.
Situações traumáticas podem desenvolver este transtorno, como: luto, separação dos pais, mães deprimidas, primeiras relações com o cuidador prejudicada ou negligenciada, repetidos eventos estressantes, mudanças drásticas, perdas e situações catastróficas.
Fatores sociais
No contexto social também há grandes influências, como: ambientes hostis, misérias, negligências, bullying e ausência de cuidados o que pode contribuir para o desenvolvimento da Depressão infantil.
A forma como a criança irá reagir a essas situações e compreedê-las pode ou não gerar este transtorno, no entanto a frequência dessas experiências podem ser fatores de riscos potenciais para desenvolver a Depressão em crianças.
Sintomas de Depressão Infantil
As crianças dificilmente falam de forma clara sobre seus sentimentos e emoções; por isso, é importante observar seus comportamentos e falas.
Nossos pequenos dão sinais, que na realidade são os sintomas, fique atenta! Os principais sintomas da Depressão Infantil são:
- Baixo desempenho escolar
- Não apresenta capacidade para se divertir (anedonia)
- Insônia ou muito sono
- Perda de apetite ou muito apetite
- Cansaço
- Dores físicas, geralmente muscular (por ex: dores nas costas)
- Irritabilidade
- Sentimentos de culpa
- Choro
- Tristeza profunda e persistente
- Ideação suicida (pensamentos e planos)
- Afeto reprimido
- Falta de interesse nas atividades diárias
- Falta de energia
Estudos apontam que 3% da população infantil possui a DI (aproximadamente 8 milhões de pituquinhos). Para se configurar um transtorno, é preciso que os sintomas da Depressão Infantil permaneçam por no mínimo 1 mês, e que pelo menos 5 desses sintomas sejam frequentes.
É necessário que a gente fique em alerta caso esses sintomas sejam insistentes na vida de nossos filhos – os primeiros sinais geralmente se manifestam em casa e nas escolas.
Outro ponto importante é constantemente perguntar aos professores como está o andamento do pituco no ambiente escolar, e estar sempre interessada no desempenho social dele.
Como lidar com a Depressão Infantil?
Vale ressaltar que é importante não levar o filho para um profissional somente quando a DI já estiver agravada. Se você reconhecer esses sintomas no seu filho já o leve para um Psicólogo, com certeza as intervenções serão mais efetivas!
O diagnóstico só pode ser feito por um profissional qualificado!
O tratamento deve ser feito com Psicoterapia infantil e, em casos graves, há a inserção de remédios antidepressivos.
Mas eu tenho algo para a acrescentar: o trabalho conjunto, com a ajuda dos pais dentro de casa, pode trazer resultados mais rápidos e eficazes, afinal o seu filho passa mais tempo do seu lado do que de outras pessoas.
Lembra que no início deste artigo eu disse que nós temos influência direta na vida dos pitucos? Pois bem, vou te passar algumas dicas para ajudar a lidar com a depressão Infantil:
- Promova uma rotina saudável para o seu filho; converse com ele, veja o que ele gosta e desenvolva momentos de diversão e relaxamento.
- Mantenha uma relação saudável. Não grite, não perca a paciência. Construa uma relação baseada no amor e no respeito.
- Trabalhe a autoestima e a confiança; diga palavras de encorajamento, diga que irá ficar tudo bem.
- Seja presente durante todo o desenvolvimento do tratamento do seu filho; saber que tem alguém que o ama e está do seu lado, traz conforto e segurança.
- E por fim, mas não menos importante, demonstre carinho, afeto e amor.
Educar é um desafio, mas não é impossível!
“A Saúde emocional de uma criança pode ser desenvolvida de forma saudável e é construída com o tempo. Por isso, vale dizer que é mais fácil criar crianças saudáveis do que curar adultos doentes.”
Eu sei que educar é um grande desafio. Acredite: tudo o que você está passando por aí, eu também já passei com o Thomas. Mas não é impossível!
Antes de acertar vamos errar algumas vezes, mas temos que continuar tentando para desenvolver um ambiente saudável e que valoriza nossos pequenos – isso é essencial para a saúde deles.
O sentimento de valor, de segurança e conforto são primordiais para lidar com os sintomas da depressão Infantil.
No entanto, por vezes, perdemos a paciência e utilizamos os gritos para tentar ensinar nossos filhos mais rápido, somos humanas e às vezes erramos, não existe mãe perfeita. Porém aqui cabe aquela máxima “é errando que se aprende”, e hoje eu estou aqui para te alertar quanto a isso: está na hora de aprender que gritar não educa.
Como parar de gritar ainda hoje e conhecer o verdadeiro significado de disciplina
Se você tem dificuldade em lidar com seu filho que apresenta comportamentos depressivos, você precisa ler o e-book “Como parar de gritar, mesmo sem ter paciência” tenho certeza que vai te ajudar – assim como aconteceu com várias mamães!
Lá, eu reuni todas as informações que me ajudaram até aqui e me fizeram abrir os olhos para uma maternidade mais paciente, e principalmente para aprender a lidar com os comportamentos do meu filho, que por vezes desafiavam os meus sentimentos.
E é isso mamães, agora que você aprendeu um pouco sobre a Depressão Infantil, os sintomas, e também a melhor maneira de lidar com esta situação, eu estou indo!
Espero ter contribuído e ter trago paz para seu coração, nem tudo está perdido, a vida é feita de desafios e sei que você também passará por esse!
P.S.: Se você notou que a depressão infantil é um assunto sério e que faz toda a diferença ser mais paciente com ele e parar de gritar agora para que ele não se prejudique…
Fico feliz que tenha chegado a essa conclusão, mas deixe um comentário me dizendo o que achou do assunto? Beijos e até a próxima!