O comportamento hostil é caracterizado por atitudes de oposições, agressividades, violências e ofensas.
Se o seu filho apresenta atitudes frequentes e extremas como essas, ele pode ter um transtorno! Mas como saber reconhecer um transtorno através do mau comportamento do seu filho? Vem comigo que eu te mostro!
No artigo anterior, eu falei por aqui sobre o Transtorno Desafiador Opositivo (TDO), clique aqui e confira.
Hoje, falaremos sobre outras alterações que podem estar associadas ao TDO. Você já ouviu falar na palavra comorbidade? Não? Comorbidade ocorre quando dois ou mais desajustes mentais se associam, ou quando um pode gerar outros.
O TDO é independente, porém ele pode estar associado ou gerar o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Conduta (TC) e também os Transtornos de humor, como a Bipolaridade infantil.
Se você, mamãe, deseja se aprofundar nestes assuntos para esclarecer dúvidas e compreender sobre a melhor maneira de lidar com seu filho, continue comigo aqui que eu vou compartilhar os segredos que aprendi sobre o tema.
Meu filho está sendo desobediente ou possui um Transtorno?
Como saber diferenciar um comportamento hostil de um transtorno? O que ambos significam? O que devo fazer? Basta uma conversa séria ou um castigo? Devo levá-lo ao médico?
Existem muitos questionamentos em torno disso tudo, afinal qual mãe nunca passou por situações nas quais seu filho possui comportamento hostil ou desobediente, e ficou sem saber o que fazer? (Se for na frente de outras pessoas então, a nossa cara vai no chão. Vai dizer?)
Ao longo da infância, nossos pequeninos passam por diferentes fases de desenvolvimento, às vezes esses períodos são marcados por comportamento hostil, mas é aí que está o grande segredo que eu uso aqui em casa sempre e muitas mamães ignoram completamente:
O diálogo e uma advertência podem solucionar esse problema.
É importante ressaltar que agressões verbais ou físicas não educam seu filho, pelo contrário, faz com que ele se torne mais agressivo.
Não grite com seu filho, converse! Uma boa educação está pautada em uma disciplina positiva. Também já fiz um conteúdo sobre o assunto para te ajudar a aplicar essa estratégia de forma fácil e simples. Você pode ler depois clicando aqui.
No entanto, um transtorno é algo mais extremo. Não se trata de algo que pode ser solucionado somente com um diálogo.
Se você já teve uma conversa séria com seu filho, já o advertiu por inúmeras vezes (sem agredir e sem gritar) e não adiantou, mas, muito pelo contrário, os comportamentos persistem e estão cada vez mais frequentementes e exagerados, ele pode ter um transtorno!
A grande diferença está na intensidade, uma vez que o primeiro ocorre em situações específicas, já o segundo ocorre a todo momento.
P.S.: Antes de sair diagnosticando o seu filho e até mesmo acreditar totalmente na palavra de apenas um pediatra (o que não aconselho, já que é importante consultar vários), é importante também rever os seus comportamentos. Então, primeiro pare de gritar com seu filho e depois então veja se ele vai continuar agindo dessa maneira.
Mas qual transtorno meu filho pode ter?
Separei uma breve descrição sobre algumas alterações que podem estar em comorbidade com o TDO. Confira!
- Transtorno de conduta (TC): é caracterizado por comportamentos mais graves, como roubos, crueldade com animais, violências, agressões e vandalismos. Não é tão comum, mas pode ser desenvolvido.
- Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH): é caracterizado por hiperatividade, desorganização, agitação e impulsividade. Estando presente em cerca de 50% das crianças que possuem o TDO.
- Bipolaridade infantil: é caracterizado por oscilações de humor, a criança passa de um estado de grande euforia para um período de profunda tristeza. Está relacionada aos comportamentos desafiadores e opositores, já que a irritabilidade é comum na bipolaridade infantil.
Lembrando que um diagnóstico só pode ser feito por um profissional qualificado!
A ligação entre comportamento hostil e disfunção mental
O comportamento hostil está presente nestas disfunções mentais, mas como e porque isso acontece? Quais são os fatores que podem desencadear as mesmas?
Não existe uma causa específica, acredita-se que estes transtornos estejam associados a uma combinação de fatores.
Fatores neurobiológicos, genéticos e ambientais podem desenvolver o TDO e também as suas comorbidades. Fique tranquila, continue lendo esse texto que eu irei te explicar de forma breve e simples!
Fatores neurobiológicos:
Estudos demonstram que alguns hormônios, como o cortisol (que ajuda o organismo a controlar o estresse) em crianças com TDO são mais baixos do que o normal.
Essas crianças também apresentam frequências cardíacas mais baixas, porém após uma frustração essa frequência é aumentada rapidamente, o que pode deixá-las irritadas de forma mais fácil.
Fatores genéticos:
Pesquisas recentes associam o TDO ao gene DAT, que está relacionado a pacientes cuja a mãe tenha fumado durante a gravidez.
No entanto, há uma correlação genético-ambiental. Para que isso se desenvolva, os fatores ambientais também precisam estar inseridos.
Fatores ambientais:
Ambientes sem regras, próximo a violências, criminalidade e miséria. Famílias conturbadas, negligentes, falta de disciplina, pais que possuem distúrbios mentais ou que fazem uso abusivo de álcool ou drogas. Conheça mais sobre essas pesquisas neste artigo científico.
Dicas de como lidar com essa situação!
O primeiro passo você já tomou, se você está lendo este texto, é porque de alguma forma ele chamou sua atenção e causou dúvidas em relação ao comportamento hostil do seu filho.
E se você também é leitora do meu ebook “Como parar de Gritar Mesmo sem Paciência” também já tomou o segundo passo, que é mudar o seu comportamento para ter um reflexo direto no seu filho.
Então, buscar informações é o primeiro passo e o segundo é mudar o seu próprio comportamento. Mas se você identificou alguns destes comportamentos em seu filho, vou te dar algumas dicas para te ajudar por aqui também! Ninguém sai de mãos abanando daqui, você já pode usar as dicas para praticar na rotina do seu filho.
1 - Observe as atitudes do seu filho e, caso ele apresente comportamento hostil frequente, fique atenta! Para se configurar um transtorno, essas atitudes precisam persistir no mínimo por 6 meses.
2 - Leve seu filho ao Psicólogo! O diagnóstico formal, só pode ser feito por um profissional.
3 - Converse com seu filho sobre suas reações, ele continua sendo responsável por seus comportamentos e precisa compreender isso (tudo com muito carinho e compreensão).
4 - Mantenha o controle, não grite com seu filho, aprenda a ter paciência e tenha uma relação baseada no diálogo. Seja um exemplo!
5 - Elogie mais! A criança AMA elogios e só a mãe que faz isso com frequência sabe o quanto essa dica é poderosa para ver a mudança rápida de comportamento.
6 - E, acima de tudo, eu sei que você já sabe, mas vale ressaltar: educar implica em amor, respeito e paciência!
O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, a ajuda especializada é essencial, porém os cuidados dentro de casa podem trazer ganhos rápidos e eficazes.
Você está diretamente envolvida no desenvolvimento do seu filho, então aprenda a lidar com situações, como esta, da melhor maneira.
Comportamento hostil: seu filho não é um diagnóstico!
Pra você que leu até aqui, e compreendeu tudo sobre o comportamento hostil e no que ele pode se desdobrar, eu quero chamar a sua atenção para algo muito importante: seu filho não é um diagnóstico, e muito menos um transtorno!
É muito comum ver mães que se desesperam quando o filho é diagnosticado com algo, ou quando suspeitam que seu filho tenha um tipo de desajuste mental, mas eu quero te tranquilizar e dizer que é possível tratar e conquistar grandes resultados.
Não olhe para o transtorno, olhe para o seu filho, ele vai muito além disso. A base de todo tratamento é o amor e a atenção. Então, mamães: enxerguem seus filhos!
Eu sei que educar é um grande desafio, e também já tive várias falhas como mãe antes de começar a “acertar”. Nós perdemos a paciência fácil e utilizamos os gritos para tentar ensinar nossos filhos mais rápido, mas eu também sei que nossa intenção é a melhor, afinal amamos nossos pequenos.
Se você tem dificuldade em lidar com seu filho, que tem comportamento hostil e desobediente, tem o e-book “Como parar de gritar, mesmo sem ter paciência” que pode te ajudar muito. Lá, eu reuni todas as informações que me ajudaram até aqui e me fizeram abrir os olhos para uma maternidade mais fiel ao que deve ser.
Tenho certeza que irá te auxiliar nessa jornada linda que é ser mãe! Então, não fica louca não, conta comigo e com a nossa comunidade de mamães.
Para isso, você pode: assinar a newsletter logo abaixo (é gratuito e você recebe uma série de conteúdos bacanas no e-mail), fazer parte do meu grupo do Telegram e me seguir no Instagram.
Agora que você aprendeu a lidar com o comportamento hostil do seu filho e estamos tão conectadas, vou embora. Beijos e até a próxima! <3