O Transtorno Desafiador Opositivo (TDO) é caracterizado por atitudes frequentes e extremas de oposições e desobediências a figuras de autoridade, como pais e professores. É comum ver mamães e outros adultos com dificuldades no assunto, sem saber o que fazer com a criança. Entenda!
Já faz parte do cotidiano ver episódios de desobediências e oposições no comportamento infantil. Por vezes, eles podem caracterizar uma busca por independência, o que é considerado normal no período de desenvolvimento infantil.
No entanto, quando essas atitudes se tornam constantes e a criança se recusa a obedecer, adquirindo o hábito de discutir com adultos, é possível que ela tenha Transtorno Desafiador Opositivo.
Mas como saber diferenciar esses comportamentos considerados “normais” de busca de independência, para um transtorno? E como lidar com essa situação que pode te deixar de cabelo branco? Vem comigo que eu te mostro!
O que é Transtorno Desafiador Opositivo?
O Transtorno Desafiador Opositivo é uma condição comportamental presente na infância e tem características de episódios constantes de desobediências, oposições e hostilidades. Ou seja, este transtorno, como a própria nomenclatura diz, é caracterizado por comportamentos desafiadores e opositores.
Mas quais comportamentos são estes? Como reconhecê-los? As crianças que possuem este transtorno costumam apresentar os seguintes padrões de comportamentos:
- Teimosia constante;
- Momentos de raiva;
- Hostilidade;
- Insubordinação;
- Sentimentos de vingança;
- Grande dificuldade em obedecer;
- Perda rápida de paciência;
- Discussão frequente com adultos;
- E dificuldades em aceitar ordens e regras.
É extremamente importante que você verifique a intensidade e a frequência destes comportamentos para que seja categorizado o Transtorno Desafiador Opositivo.
Para que eles sejam compreendidos como um transtorno, é preciso que esses comportamentos persistam por 6 meses ou mais e que sejam suficientemente sérios – a ponto de interferir no desempenho escolar, familiar e social.
Se seu filho tem 1, 2, 3 ou até 5 aninhos, pode ser que o problema seja outro, já que os sintomas do TDO são comuns em crianças dos 6 aos 12 anos.
Como lidar com o Transtorno Desafiador Opositivo na escola ou sociedade?
O TDO pode trazer grandes dificuldades de relacionamentos para seus filhos, tanto no âmbito familiar quanto no escolar/social. Falar sobre este transtorno implica conversar sobre o âmbito escolar – é importante que você entenda e valorize o relato dos professores.
No âmbito escolar, o aluno com TDO geralmente não aceita as regras orientadas pelo professor.
É muito comum pessoas que trabalham na área da educação se depararem com alunos desobedientes e que desafiam a autoridade; é de suma importância que estes educadores estejam atentos aos alunos e notifiquem aos pais sobre estes comportamentos para que procurem um especialista.
O ambiente escolar não se trata somente de estudos, mas também de interações sociais e convívio com terceiros. Desta forma, é importante que os professores adotem, junto aos pais, atividades que visam compreender e auxiliar os alunos que sofrem deste transtorno.
Existem algumas dicas para você e os professores enfrentarem essa situação da melhor maneira, como:
- Não grite com a criança, mas desenvolva uma relação saudável, com limites. Sempre falo por aqui que gritar não educa e ainda pode agravar os comportamentos desafiadores. Clique aqui e entenda!
- Fortaleça a autoestima dessa criança; elogie sempre que ela fizer algo correto.
- Desenvolva trabalhos em grupos e estabeleça vínculos entre as crianças, visando sempre a conscientização e o respeito das diferenças e singularidades de cada uma.
- Fique sempre por dentro de informações sobre o TDO; ter informação e conhecimento é de extrema importância para o desenvolvimento de novos desafios.
Lidar com alunos que sofrem do Transtorno Desafiador Opositivo pode ser um verdadeiro desafio, mas não é impossível.
Vale ressaltar que a comunicação com os professores é muito importante para o desenvolvimento do seu filho, visto que as interações sociais são essenciais para o desenvolvimento dele.
Como lidar com o Transtorno Desafiador Opositivo em casa?
Para os pais, a primeira coisa que vale ressaltar é que você precisa da ajuda de um profissional; o acompanhamento especializado é essencial e imprescindível! Quando não tratado, o TDO pode desencadear outros transtornos, como o Transtorno de Conduta e o Déficit de Atenção/Hiperatividade. Saiba mais aqui!
Veja 6 instruções importantes para você lidar com filhos que possuem o TDO – lembrando que a atenção, o amor e a valorização desta criança é muito importante!
- Não grite com seu filho, fale de forma clara e objetiva, no entanto procure falar a mesma língua do pequeno quando for solicitar algo, ou impor alguma regra.
- Não terceirize sua função de pai/mãe para outras pessoas (babás, avós, tios, professores). A presença de pais presentes que conversam e se relacionam de forma amigável, sem gritos ou imposições é de extrema importância para o desenvolvimento de seus filhos.
- Evite punições agressivas, não bata e não grite com seu filho. Estabeleça acordos e desenvolva um relacionamento que esteja pautado no respeito.
- Elogie! Ressalte suas qualidades e acertos do seu filho – você vai ver a diferença de comportamento dele e o quanto isso vai fazer com que ele queira repetir as atitudes só para ter sua aprovação e atenção.
- Aumente o vínculo afetivo com seus filhos; compreenda quais são suas preferências e gostos e crie rotinas agradáveis, com recompensas quando as regras forem seguidas.
- Enxergue seu filho. Entenda que ele é um indivíduo com singularidades e particularidades, ele não é o diagnóstico propriamente dito, ele é seu filho e precisa ser valorizado e compreendido.
Aprenda a estabelecer um vínculo afetivo baseado na compreensão e sem gritos!
Agora que você entendeu o que é o Transtorno Desafiador Opositivo e as formas de lidar, é de importante compreender que o grito e as imposições não educam, apenas agravam os sintomas deste transtorno.
As intervenções devem ser feitas em conjunto com pais, professores, psicólogos escolares e psicopedagogos. Desta forma, é possível que essa criança desenvolva uma vida saudável.
Mas acima disso tudo, estabelecer e estreitar vínculos afetivos baseado na compreensão, no amor, e na valorização desta criança é essencial.
Já disse um milhão de vezes aqui no texto, mas preciso repetir porque é sério: não grite com seu filho, aprenda a ter paciência e desenvolva uma relação saudável e amigável.
É um grande desafio educar filhos que desenvolvem o TDO, mas esta tarefa não é impossível e é claro que você pode sempre contar comigo para te ajudar!!
Se você é uma mãe que, por vezes, perde a paciência e só recorre ao grito para tentar impor algo a seus filhos, você PRECISA do e-book “Como parar de gritar, mesmo sem ter paciência.”
Vai dizer que você nunca teve problemas ao tentar corrigir o seu filho? Eu não tenho vergonha de dizer que já tentei vários métodos até acertar e a mãe que nunca errou que atire a primeira pedra.
É isso, mamães! Obrigada por ficar aqui comigo e se você tem dúvidas sobre o assunto, deixe um comentário aí, porque pretendo fazer um artigo esclarecendo tudo sobre o tema.