Choro, grito, desespero. Muitos pais já foram despertados de madrugada nesta situação. Os episódios de terror noturno acontecem com aproximadamente 5% das crianças e geralmente começam a partir dos 9 meses de vida. A criança pode abrir os olhos, sentar ou sair da cama, se debater, suar muito, às vezes só grita e não chora ou pode apenas gemer. Este transtorno de sono dura apenas alguns minutos, mas em alguns casos pode acontecer por meia hora ou mais, acontecem quase sempre na primeira parte da noite (até 2h da manhã) e no mesmo horário.

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Por que ele acontece? Tem como evitar?

A primeira providência é observar se seu filho está dormindo o suficiente. Crianças muito cansadas têm mais chances de passar pelo terror noturno e portanto esticar as sonecas ou colocar seu bebê mais cedo para dormir pode ajudar.

Crianças que estão com febre ou passaram por alguma situação de stress durante o dia também são mais propensas a passar pelo terror noturno. Outra alternativa para quebra o ciclo de episódios frequentes é ficar ao lado do seu filho no horário que o terror noturno geralmente acontece. Um pouco antes deste horário, dê um leve despertar na criança para que ela saia do sono profundo e entre em outra fase do sono. Isso deve ser feito por algumas noites.

O que você deve fazer durante o episódio?


Não há muito o que fazer a não ser cuidar da segurança do seu filho e esperar o episódio passar. Fique ao lado da criança apenas para garantir que ela não se machuque. Como consultora de sono, recomendo inclusive que os pais não peguem a criança no colo (a não ser que ela saia da cama) nem falem com ela, pois o episódio pode se prolongar com estas interferências. Mesmo aparentemente inconsolável, seu filho não vai lembrar do que aconteceu e certamente o episódio é muito pior para os pais do que para as crianças.

Qual a diferença entre terror noturno e pesadelo?

A principal diferença é que o terror noturno não é um sonho, inclusive ele acontece durante a fase de sono profundo, quando a criança não está sonhando. No pesadelo, a criança pode se lembrar do que aconteceu, ficando com medo de dormir e provavelmente vai precisar da ajuda dos pais para esquecer o que sonhou, especialmente após os 2 anos. No terror noturno a criança não lembra do episódio, então não há a consequência de sentir medo para dormir.

Outra diferença é que o pesadelo geralmente acontece nas últimas horas do sono e o terror noturno na primeira parte da noite - Michelle Melão

Na maioria das vezes, o terror noturno não necessita de intervenção médica, mas se os episódios acontecerem por muito tempo e estiverem colocando em risco a segurança da criança, prejudicando o aprendizado escolar ou a criança apresentar sinais de cansaço excessivo, o melhor a fazer é procurar o pediatra e um possível tratamento.

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MCMichele1 (3)Michele Melão é Consultora de Sono Infantil e Baby Planner certificada pela International Academy of Baby Planner Professionals (IABPP) e International Maternity and Parenting Institute (IMPI), na Califórnia. É mãe e sócia da Maternity Coach (http://www.maternitycoach.com.br), uma consultoria especializada em diversos serviços para gestantes e bebês.

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