Meu filho ainda tem um ano, então ele ainda não sabe o significado do dia das mães e nem tem como agradecer ou fazer qualquer coisa para mim. Portanto, eu resolvi escrever uma carta de agradecimento, para mim e para todas as outras mães. Afinal, acho que todas nós merecemos um obrigada, então aqui vai:
Para todas as mães: mães solteiras, mães de criação, mães de coração, mães de dois, três ou dez, obrigada!
Para aquelas mães que ficam em casa com os filhos, obrigada por dedicarem uma vida a eles. Por não terem tempo para elas mesmas e sofrerem um preconceito da sociedade, que acha ou pelo menos diz achar, que essas mulheres não merecem um reconhecimento sem igual. Que não enxergam a dedicação necessária para criar um filho feliz e saudável. Um filho ou filha amado acima de tudo e qualquer coisa.
Obrigada às mães, que trabalham todos os dias nesse mundo “caos” para oferecer a vida que não tivemos seus filhos, que no fundo, mesmo tendo que estar longe, só pensam nos seus bebês felizes e protegidos.
Às mulheres que se sacrificam todos os dias quando saem de casa de manhã sem hora para voltar e deixando seu coração em casa. Que sentem a saudade apertar mas sabem que estão fazendo o melhor possível, sempre para eles.
À elas que sentem dor no peito e o coração partir em dois quando chegam em casa e seu bebê já foi dormir. Às mães que viajam sem parar a trabalho e mesmo sendo a última coisa que querem na vida, perdem aquela partida de futebol ou a apresentação da filha na escola.
Obrigada às mulheres que não tiveram outra opção a não ser trabalhar e sustentar a sua família e que tentam compensar a ausência de todo e qualquer jeito possível que lhe ocorra. Sendo abraça-los horas a fio quando conseguem, ou comprando presentes e lembranças para mostrar-lhes que estão pensando neles.
Às mulheres guerreiras que lutam para criar um filho sozinhas, tentando fazer dois papéis todos os dias e rezam todas as noites para que eles sejam felizes e que a ausência do pai, não seja motivo de tristeza ou sofrimento para suas joias mais preciosas. Que só ela, seja o suficiente e eles não sintam falta de nada.
Às mães divorciadas, que mesmo sofrendo escondem a raiva e o coração partido de suas crianças. À mães futuras, que já guardam dentro de si uma semente de amor e já conhecem e amam essa semente com toda a sua força. Que já fazem tudo por esse amor, conhecem cada chute e cada batida do coração. À elas que erram e que correm atrás do erro depois, afinal, ninguém é perfeito.
Às mães que, infelizmente, perderam seus filhos e mesmo com essa dor diária e indescritível, acham uma forma de seguir em frente. Vocês nunca deixaram de ser mães…
Àquelas mães inseguras como eu, que toda noite se questionam se estão fazendo a coisa certa, educando, alimentando e até brincando da forma certa com suas crianças. Que passam todo seu tempo livre buscando como ser uma mãe cada vez melhor, passam o dia pensando neles e se preocupando. Afinal, ser mãe é se preocupar.
Não adianta dizer que está tudo bem ou que seu filho já cresceu.
À todas as mães sem distinções, todas nós passamos pelas mesmas coisas: dúvidas, medos, desespero, felicidades extremas, noites sem dormir, dores nos braços e nas costas, que a gente acha que não vai conseguir levanatar, mas tudo isso alimentado por um amor sem fim.
Mães que tiveram seus filhos por partos humanizados, cesariana ou parto normal, ninguém é mais mãe ou menos por isso. Mães que tem babás, mas se dedicam todos ao dias aos seus bebês. Mães que trocaram a balada por noites em claro e músicas de ninar com um sorriso no rosto.
Mães que mudaram por seus filhos e tiveram força para largar as drogas, a bebida ou os vícios e nunca estiveram tão felizes e completas.
Mães que adotam. Vocês tem um amor inato dentro de vocês e são muito corajosas ! Nem todas as mulheres são capazes desse ato. Mães com filhos especiais, fortes e que lutam todo dia contra a ignorância da sociedade e infelizmente, lida com dificuldades diárias.
Mãe é aquela que vê um acidente na TV e logo liga para saber se o filho está bem, mesmo ele estando do outro lado do mundo. Ser mãe é ser um pouco louca, não existe razão no amor que ela sente, é algo incondicional e incontestável.
Mãe apoia seu filho sempre, fica com brilho nos olhos ao falar de seus bebês, elas que sentem que o filho, por mais adulto que seja, é e sempre será um pedaço delas.
Mãe sente dor, medo, tristeza e até ansiedade com seu filho. Comemora suas vitórias e sente seus fracassos. Mães se desesperam quando seus filhos estão doentes, mesmo que seja uma gripe e entram em pânico com sua incapacidade de fazê-los sarar ou de tomar a doença para si. Mães choram ao ver seus filhos cometendo erros em suas vidas e sentem ciúmes quando seus filhos e filhas começam a namorar.
Obrigada também às avós, que são mães duplamente - para seus filhos e seus netos.
Obrigada principalmente à minha mãe e à minha avó.
A primeira, sempre linda, forte e guerreira, que mesmo enxergando todos os meus defeitos, me apoia e está sempre ao meu lado. Que luta todos os dias, não por ela, mas por mim e minha irmã, sem medo e sem freio. Sempre vou estar do seu lado e juntas enfrentaremos tudo e todos.
E minha querida avó, que é minha mãe em todos os momentos, ao me dar um livro que eu goste, ao ler uma reportagem no jornal ou até quando me ensina a fazer meu prato favorito , que só ela sabe, para que eu possa fazer para meu filho.
Obrigada a todas vocês. Juntas estamos criando o futuro e com toda a nossa dedicação, será um futuro cada vez melhor e mais brilhante! O dia das mães, de uma certa maneira, é um ano novo. Um momento em que, pra mim, todos os nossos erros são esquecidos e podemos começar de novo melhor, mais fortes e mais sábias.
Feliz dia das mães!