Pessoal hoje demorei um pouco mais para postar por que estava esperando uma mamãe muito especial de Berlim mandar a história dela então aqui vai:
Olá Queridas Leitoras do Mãe em dia,
Primeiramente, gostaria de agradecer a Bianca, pelo convite de escrever no Blogue Mãe em dia.
Sou Paulista mas moro em Berlim a 8 anos. Tenho 31 anos e sou mãe da Lola, nascida em Berlim dia 03 de Janeiro de 2014.
Estou aqui para relatar sobre como foi estar grávida em outro País, minha experiência do parto e como é ser mãe fora do Brasil. Longe da família, sem ajuda de ninguém.
Hoje vou relatar sobre minha gravidez:
Descobri que estava grávida um dia antes de viajar a São Paulo a trabalho. Fui diretora de publicidade em uma empresa alemã, voltada para o mercado de conteúdo Fashion e Lifestyle focada no mercado brasileiro, e por isso a cada 2 meses estava em São Paulo.
E nesta manhã acordei, olhei para meus seios e senti algo diferente, inchados, e fui, sem avisar meu marido Eduardo, comprar o teste. Lembro do medo de dar negativo de novo e me sentir mais uma vez frustrada. Quando vi o resultado dando positivo, parecia mentira, sai correndo chorando de alegria e medo ao mesmo tempo, abracei meu marido e nós pulamos de alegria, mas confesso que fiz o teste de farmácia 2 vezes para ter certeza, por que nós já estavamos a uns 3 anos tentando engravidar e toda vez era uma frustração quando o teste dava negativo.
Além do teste de farmácia quis ir no Hospital fazer o de sangue, e me deparei com um povo meio duro, a mulher perguntou: se você fez o teste de farmácia e deu positivo por que esta aqui? Eu retruquei, bem eu viajo amanhã para o Brasil, 12 horas de voô e queria ter certeza absoluta. Pensei: Cadê a sensibilidade desse povo alemão! De cara feia a mulher da recepeção deu entrada e eu esperei 2 horas para fazer o teste ginecológico. Eu descobri cedo de mais, com apenas 3 dias de atraso. Enfim sai de lá com resultado de gravidez precoce, ou seja sem formação ainda. Mas estava grávida =).
Cheguei no Brasil no Domingo, dia das mães, comprei Tulipas no aeroporto de Amsterdam e coloquei o teste dentro do Buquet. Chegando no aeroporto dei para minha mãe de dia das mães. Foi uma emoção para ela e para mim.
Embora minha viagem era a trabalho, claro que a primeira coisa que fiz foi marcar um ginecologista bom e que fizesse parto normal e que diferente do alemão, tivesse tempo pra mim, explicar tudo que eu quisesse saber. Aqui na Alemanha as consultas são rápidas e sem muito papo… o que na época me fez ter a certeza de ter no Brasil… mas tudo mudou quando eu voltei. (explicarei em outro parágrafo)
Então fui eu no Dr. Magro, indicado por uma amiga minha, eu morria de medo da cesárea desnecessária e desde de sempre quis ter parto normal por isso fui atrás de um que não agendasse nada…
Saindo do consultório tinha certeza que queria ter meu bebê em São Paulo, na Pro Mater com o Dr. Magro.
Estava indo nas reuniões já me sentindo uma nova mulher e super feliz pois na Alemanha, quando você trabalha com contrato de tempo indefinido, você pode tirar 2 anos de licença a maternidade e depois poderia voltar ao mesmo cargo. Sendo que durante 12 meses você recebe 65% do salário.Então estava feita. Ia poder cuidar da minha filha por 2 anos tranquilamente e me dedicar a maternidade. Mas meninas, infelizmente o sonho estava se tornando bem diferente do que a realidade que imaginei.
Depois de 10 dias em São Paulo a trabalho, cheguei em Berlim, e meu chefe queria muito que eu fosse no dia seguinte as 10h00 para uma reunião geral com a equipe. Eu estava exausta e ainda tinha que pensar como contaria para ele, afinal eu era a cabeça do meu departamento. Achei estranho por que normalmente ele deixaria eu me recuperar do Jetleg , mas ele insistiu e lá estava eu no dia seguinte para a reunião. E foi ai que a bomba explodiu… assim do nada … de repente… meu mundo caiu… todo mundo foi demitido e a empresa estava fechando … e eu lá gravida … eu cheia de contratos novos em mãos e de repente me puxam o tapete, sem mais nem menos… e assim foi o começo da minha gravidez… Fiquei desempregada, mas estava gerando uma vida e faria de tudo por nós 3. Eu, o feijão (apelido da época) e meu marido. Mas imaginam o meu estado… tive medo, chorei, estava bem estressada, afinal estava na empresa a quase 3 anos e fazendo uma carreira bem bacana.