Se seus filhos brigam sempre, o nervoso do dia a dia pode ficar mais difícil. Então o João Andreucci do Cadê Bebê resolveu ajudar todas as mães com esse problema.
Meu filhos brigam! Essa é uma das queixas mais comuns entre as mães e pais: o estresse de conviver com discussões diárias entre os filhos. E, frequentemente, nós, adultos, no colocamos mais na posição de se queixar e reclamar, ao invés de tomarmos a função de melhorar a questão. O que é compreensível, pois levamos rotinas exaustivas e , afinal, cuidar de filhos é um desafio árduo, fisica e emocionalmente - difícil dar conta de tudo e de todos, não é? Mas que tal respirar fundo e tentarmos mais uma vez?
Se Coloque no Lugar Deles
Bom, antes de tudo, como para qualquer situação com criança, é importante se colocar na posição dela. E isso é mais difícil do que parece, visto que custamos muito a nos desapegar da mentalidade de adultos. A saída, então, é buscar suas próprias lembranças de infância. Se você tem irmãos, busque recordar como era esse convívio fraternal: por melhor que fosse a relação na época, acredito que facilmente você também lembrará de dificuldades e atritos.
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Você lembra de como era dividir, e ainda muitas vezes dividir apenas por imposição de nossos pais? Você se lembra de sentir ciúmes? Você lembra como muitas vezes era difícl chegar num consenso até em coisas simples, como um jogo para brincar ou um programa para assistir? De fato, conviver com irmãos é um experiência que pode ser muito rica, mas não deixa de ser um grande desafio, pois temos que lidar com o nosso próprio egocentrismo, o que é ainda mais dificil na infância. (se você não tem irmãos, tente lembrar com seus colegas de escola, que provavelmente muito desses sentimentos também vem à tona)
Esse pequeno exercício já possibilita uma nova relação dentro de casa, ao passo que o adulto se empatiza com as dificuldades desses irmãos. O convívio, em si, já pode ser estressante, em diversos momentos. Basta lembrarmos do companheiro(a) que escolhemos morar junto. As brigas são inevitáveis e naturais de qualquer relacionamento. Por que não iriam as crianças brigar também? Ainda mais elas, que estão construindo e formulando suas personalidades, seus desejos e suas inseguranças. A discussão, então, pode ser a expressão de algo que precisa ser dito. Mas será que nós estamos atentos à isso?
Como Resolver
Muitas vezes não. Pois justamente, nós, adultos, entramos na dinâmica das crianças e também nos irritamos e acabamos discutindo junto. O pai ou cuidador pode (e deve) buscar mediar o conflito, ao invés de impedi-lo. Pois se há uma questão “jogada para debaixo do tapete”, uma hora ou outra ela volta a aparecer e cabe ao adulto, ajudar as crianças a entenderem como elaborar tudo isso. Como já foi dito aqui no blog, auxiliar a criança a nomear e identificar os seus sentimentos é algo importantissimo nesse processo. E, muitas vezes, essa elaboração torna-se familiar, e não só do filho. Afinal, estão todos no mesmo barco - ou na mesma casa.
João Gabriel Andreucci: Psicólogo, formado pela Puc - Sp com especialização em terapia familiar, trabalha há 6 anos com crianças
Cadê Bebê: Espaço de brincar que tem como seus pilares o brincar livre, a escuta e convivência.
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