Protetor de Berço: Vilão ou Mocinho?

Meninas, tudo bem?

Entre os vários temas que quero trazer aqui, resolvi inaugurar com este por algumas razões. Em primeiro, porque logo no começo da gravidez já saí toda empolgada comprando kits berço (leia-se colcha, protetores laterais, trocador, etc), pensando no quanto ficariam lindos e como combinariam com o resto do décor do quarto do João. Típico de mãe de primeira viagem: passa todo o bafafá de quando descobre que está grávida e cai a ficha, você vai lá e se joga na parte fofa e romântica da coisa, como se estivesse brincando de boneca. É “own, meu Deus!”, suspiros e até lagriminhas pra todo lado! Nessas horas, a última coisa que sequer passa pela sua cabeça é que aquele lindo acolchoado pomposo (famoso “protetor de berço”) que você sempre viu em volta de vários berços, pode sufocar ou causar quedas graves e até fatais. Pesado, né?! Pois é, também levei um susto quando soube. Me senti a pessoa mais mirim do planeta, até descobrir que várias amigas mães e futuras, também não faziam idéia disso. Então fui pesquisar sobre o assunto e trouxe aqui alguns alertas para te ajudar a fazer sua escolha e, caso não queira abrir mão do protetor no berço, que pelo menos considere as dicas para minimizar ao máximo os riscos de acidentes com o seu pequeno.

Os principais riscos que o protetor oferece são:

  • Sufocamento: conforme a criança se movimenta no berço, ela pode acabar com o rosto muito perto ou até grudado no protetor até o ponto em que não consiga respirar direito e acabe sufocando. Nunca podemos esquecer que bebês, principalmente recém-nascidos, não tem autonomia de movimentação para se desvirarem daquela posição ao perceberem que estão se sufocando. Por essa mesma razão, travesseiros, mantas, almofadas e bichos de pelúcia também não são recomendados.
  • Queda: quando a criança entrar na fase de conseguir ficar em pé sozinha e quiser tentar pular para fora do berço, o protetor pode ser usado como degrau e facilitar a queda, que poderá ser grave e até fatal.
  • Alergia: assim como os travesseiros, mantas e outros itens que já citei acima, os protetores acumulam agentes alergênicos, como pó e ácaros.

Em alguns países o uso do protetor de berço e até mesmo de outros itens como lençol e cobertores são proibidos. Aqui no Brasil esse tema tem sido mais discutido, e inclusive a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) não recomenda o uso do acessório, tendo em vista todos esses riscos que ele pode trazer.

Mas aí você deve estar se perguntando: mas então porque raios tanta gente usa o protetor?? Bom, de tudo o que eu já ouvi e li, as principais preocupações são:

  • Proteger contra batidas: evitar que ao se mexer ou rolar pelo berço, a criança não bata a cabeça ou outras partes do corpo.
  • Evitar acidentes com as grades do berço: cobrir os vãos entre as grades do berço, evitando que o bebê prenda os braços ou pernas.
  • Decoração: o protetor costuma ser o “protagonista” na decoração do berço, sendo muitas vezes bordados e cheios de detalhes, cobrindo toda a lateral e dando a sensação de conforto, de caminha macia e quentinha.

 

Já cheguei a ler que a chance do bebê bater a cabeça no berço é menor do que a de se sufocar. Mas confesso que questionei um pouco essa informação assim de forma generalizada, pois observando o meu filho, que se mexe horrores no berço, vejo que ele bate a cabeça várias vezes, de forma leve, mas bate!

De qualquer forma, caso você sinta a necessidade do protetor e considere os riscos administráveis, aqui vão duas dicas simples:

  • Fuja dos modelos “fofos”, com enchimento gordinho, como esse:

  • Prefira os protetores feitos com enchimento reto e fininho, como os modelos americanos, tipo esse abaixo. Só não esqueça que ainda assim ele pode servir de degrau para a queda e os riscos de alergia continuam!

  • Opte pelos modelos sem apliques, bordados, botões e outros detalhes que possam chamar a atenção da criança e que acabem sendo arrancados e engolidos.
  • Evite também modelos com cordões e fitas longas, de modo que possam causar outros acidentes, como acabar se enrolando no pescoço.
  • Fique atenta a forma como o protetor deve ser amarrado às grades do berço. Muitos usam só um laço centralizado na altura do protetor, o que acaba deixando a parte de baixo solta, o que facilita para o bebê colocar a cabeça por baixo e ficar “preso”.
  • Para as questões de prender bracinhos e pernas e sobre alergia, existe um modelo que parece uma tela, que não é muito fácil de encontrar em lojas aqui no Brasil ainda. Mas se der uma olhadinha na internet, você encontra. Eu achei procurando por “Protetor berço tela”. Alguns fornecedores já está chamando de “tela respirável” ou “protetor respirável”, o que seria uma tradução de como são chamados nos Estados Unidos “Breathable”. Veja um exemplo:

Espero ter ajudado e que vocês possam ter esclarecido possíveis dúvidas.

Quem sou eu para julgar as decisões de outras mães! Mas é sempre bom irmos atrás das informações e acho que nunca é demais conversar com o pediatra do seu filho! 😉

Beijos e até a próxima!

Paty

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