Não tem ninguém, além da mãe, que fique mais perto dos nossos pitucos do que a babá. Papais e mamães, que infelizmente, têm que trabalhar durante o dia e achar uma babá boa e de confiança hoje é uma missão cada dia mais difícil.
Eu trabalho e muito. Portanto, precisei achar alguém que ficasse com o meu filho durante o dia. E vou te dizer, sofri muito… A última, foi na semana passada, onde a minha babá mentiu para mim e literalmente me deixou na mão do dia para a noite.
Alias, abro um adendo aqui para me explicar. Fiquei sem postar essas duas últimas semanas porque fiquei sozinha com o Thomas e trabalhando. Por isso, me enrolei demais e acabei ficando em falta com o blog. Fico muito triste, com isso, pois gosto muito de escrever aqui, mas infelizmente tive que priorizar outras coisas essas duas semanas.
Bom voltando, por causa dos meus perrengues tive que entrevistar várias babas e passar por situações chatas, que se a experiência estivesse do meu lado, poderiam ter sido evitadas. Eis que aprendi na marra, já que no começo não sabia muito bem o que perguntar nas entrevistas, que acabavam sendo rápidas e muitas coisas que deveriam ter ficados claras, acabavam ficando meio no ar. Resultado, o dia a dia que definia as regras e muitas coisa das quais eu não gostava, acabavam acontecendo. Pessoas, que se eu tivesse entrevistado melhor, não teriam sido contratadas e desgaste meu e da profissional teriam sido evitados. Sem falar na perda de tempo.
O desgaste que ocorre quando não existem regras bem definidas na contratação, pode acabar tornando uma babá ótima, em alguém que você não consiga suportar.
Então aqui vão tópicos que você precisa conversar com a sua candidata na entrevista:
1. Horário de entrada e saída.
Parece obvio, mas não é. Deixe claro, o horário de trabalho, e pergunte se ela tem algum problema com eles como: dificuldade de translado, com falta de ônibus ou horários de muita movimentação. Se ambas se adequarem a um horário diferente do “horário do rush” é melhor. Assim, você sabe que pode contar com ela naqueles horários combinados e ela já sabe que não vai ter desculpa para não chegar na hora certa. Atenção: o horário: de manhã, não vale.
2. Alimentação do seu PItuco ou Pituca.
Já combine o que ele deve ou não comer e o que você quer que a sua babá faça para seu filho. Na minha casa, essa é responsabilidade da profissional. Ela deve saber cozinha e fazer um menu diversificado, com verduras e frutas variadas. Claro, que com a sua supervisão e fica na sua responsabilidade, prover os ingredientes.
Uma coisa importante é ter sacadas diferentes no cardápio das crianças. Afinal, os pitucos, ás vezes são difíceis de comer por motivos variados e não tem nada pior do que uma babá que só oferece macarrão ou carne moída para a criança.
Lembre-se: quem define o que seu filho pode comer é você.
3. Alimentação da babá.
Eu, na entrevista, sempre pergunto se a profissional tem alguma particularidade ou preferência. Caso ela exista, sempre tento atender com bom senso. Já tive enfermeira que queria manteiga francesa, por exemplo. Tudo é questão de combinar.
Na minha visão, é muito importante que todos nós tenhamos uma alimentação saudável e diversificada. Então, procuro oferecer isso para qualquer pessoa que trabalhe comigo.
4. Serviços da casa.
O que fica sob a responsabilidade da babá? Geralmente, é o quarto da criança, a limpeza dos brinquedos, a organização das coisas dele, a roupa dele, comida e tudo em relação a criança. O resto da casa, normalmente não é de responsabilidade desse profissional.
Claro, que é questão de combinar e também, vem da boa vontade da pessoa. Por exemplo, folgista, eu acho que pode sim dar uma mão com a louça, caso só fique ela no fim de semana. De qualquer forma isso deve ficar bem delineado para evitar brigas dentro da casa.
5. Como as roupas do bebê devem ser lavadas.
Gosto que as roupinhas do meu filho sejam lavadas a mão. Pois são delicadas, pequenas e poucas. Nada disso, justifica a quantidade de água gasta na máquina (nessa nossa situação de seca atual) e é tudo tão delicado que acaba estragando se não forem lavadas com o sabão certo e de forma gentil. Mas aqui também, cada uma é cada uma, e é questão de combinar antes.
6. Uniforme.
Tá rolando o maior “bafáfá” em relação ao uniforme da babá. Mas para mim a função dessa roupa é uma só: É uma roupa que vai sujar e estragar, com produto de limpeza, fruta, leite e etc… Assim, se manchar, mancha o uniforme e não a roupa da profissional, que depois pode até perder alguma peça que goste.
Vale combinar se a pessoa quer ou não usar uniforme e qual a cor preferida. Acho que branco, não é nada prático e está bem batido. Eu prefiro preto ou bege.
7. Remédios e horários da criança.
Tive uma babá, que mudava os horários do xarope da tosse do meu pituco, assim ela não teria que acordar a noite. A maioria das babás vai achar isso um absurdo e com razão. Mas depois dessa, vale a pena comentar, que os horários dos remédios devem ser respeitados. Por mais óbvio que isso seja.
8. Uso do celular.
Ok, eu vou contra a maioria das mães aqui. Gosto do uso do celular, acho uma ferramenta muito válida, quando a pessoa sabe usar. Tive uma babá que me enviava fotos e videos do meu pituco durante o dia. Isso fazia com que eu me sentisse mais perto dele.
Porém, tive uma, que peguei no celular enquanto meu bebê estava na banheira. PERIGO!!!
Portanto de novo, conversar é a saída. Eu aviso que caso perceba que a profissional deixe de prestar atenção ou fazer o trabalho dela, para ficar no celular, pra mim, deixa de ser profissional e vou buscar outra pessoa. Aliás, acho que essa regra vale para qualquer profissão.
9. Hora de brincar.
Criança precisa brincar, queimar energia e se divertir. Esse é o trabalho deles. Babá boa pra mim é aquela que ajuda a criança a descobrir coisas novas. Como cores, formas, palavras e animais. Profissionais que ensinam as crianças a brincar com os mesmos brinquedos de formas diferentes e estimulam suas imaginações. Babás que tem preguiça e deixam a criança presa na frente da TV o dia todo, não servem para mim.
10. Câmeras e babás eletrônicas.
Eu tenho câmeras na minha casa, que posso acessar de qualquer lugar. Ou seja, bateu a saudade, eu acesso mesmo. E sim, no começo fico vigiando. É bom avisar a profissional. Tem algumas que se sentem incomodadas ou acham isso uma ofensa. Vai de cada uma, essas para mim, não servem.
11. Peça referências.
A dica aqui é ver se a profissional passa várias referências com tranquilidade ou uma só e com muitas explicações. Quando começa a justificar muito ou não quer passar mais de uma referência ou só passa referências antigas, desconfie.
Cuidado com profissionais, que falam mal do patrão anterior, se ela está falando dele assim também fará o mesmo com você, pode ter certeza!
12. “O combinado não sai caro”
Já dizia o ditado… Vocês podem perceber, que a maioria das dicas, é questão de deixar claro o que foi combinado e que esse arranjo não irá mudar. Porém, aviso as mamães, vocês também não podem mudar o combinado. Vale para ambas, se as duas fizerem a sua parte, a convivência se torna tranquila.
13. Mentira não!
Mentira pra mim é algo que não pode existir. Mentiu, pode ser a melhor profissional do mundo, não serve. Você está confiando seu bem mais precioso a essa pessoa, então precisa existir confiança.
No fim o que vocês duas devem saber: é que ambas precisam estar feliz. Você e ela. Afinal ser babá é um trabalho especial, que requer muito carinho e paciência. Quem é babá, tem que gostar e você tem que se sentir tranquila em deixar seu filho com aquela pessoa. Sempre escute sua intuição e na dúvida, a resposta é: Não!
Tendo dito isso, todo profissional merece respeito, as condições de trabalho devem ser adequadas. Profissionais domésticos, são profissionais como todos nós e não devem sofrer nenhum tipo de distinção ou ofensa.
Boa fim de dia para vocês e até amanhã!
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